Mulheres bem-sucedidas têm menos chance de casar e ter
filhos.
Para as mulheres, quanto maior o sucesso na carreira, menor a probabilidade de casar e ter filhos. O oposto é igualmente verdadeiro para os homens. Estudos publicados recentemente nos Estados Unidos abalam o mito da mulher maravilha, capaz de ser feliz em todas os aspectos da vida. A economista Sylvia Ann Hewlett, da Universidade Harvard, vem provocando a ira das feministas.
No livro recém-lançado Creating a Life (Gerando uma Vida, numa tradução literal), ela entrevista 1.200 mulheres em cargos de chefia, com idade entre 28 e 55 anos, e conclui que, quanto mais perto do topo da hierarquia, menores as chances de casar e ter filhos.
Mais da metade das executivas americanas não têm filhos, e três quartos delas são solteiras ou separadas. Trata-se de mulheres poderosas, que ganham mais de 100.000 dólares por ano, mas se queixam de solidão.
Só 15% das executivas sem filhos admitiram que de fato jamais planejaram ser mães. Sylvia Hewlett concluiu que, apesar do avanço das mulheres na vida profissional, a maioria ainda sofre com a dificuldade de conciliar a carreira com a família.
Para os homens, a chegada dos filhos costuma ser vista como um impulso positivo ou no mínimo um evento sem conseqüências em relação à carreira. Além disso, descobriu que 80% dos executivos americanos planejavam ter filhos e 75% efetivamente tiveram.
A mais bem-sucedida executiva que se vê hoje na mídia, Carly Fiorina, cabeça da gigante de computadores Hewlett-Packard, arrumou um marido que é um verdadeiro dono-de-casa, do tipo que faz a feira, prepara o jantar e coordena os empregados. Mas ela sabe que não pode ter tudo. Filhos estão fora de seus planos.
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