sábado, 14 de julho de 2012
Espaço Científico - Zé Ciência !
Conhecimento Empírico
É o conhecimento que adquirimos no decorrer do dia. É feito por
meio de tentativas e erros num agrupamento de ideias . É caracterizada pelo
senso comum, pela forma espontânea e direta de entendermos.
Essa forma de conhecimento é adquirida também por experiências
que vivemos ou que presenciamos que, diante do fato, obtemos conclusões. É uma
forma de conhecimento superficial, sensitiva, subjetiva, acrítica e
assistemática.
O conhecimento empírico é aquele que não precisa ter comprovação
científica e esta também não tem importância. O fato é que se sabe e pronto,
não precisa ter um motivo de ser.
A realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento.
Desde a Antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador, mesmo desprovido de outros conhecimentos, sabia o momento certo da semeadura, a época da colheita, tipo de solo adequado para diferentes culturas. Todos são exemplos do conhecimento que é acumulado pelo homem, na sua interação com a natureza.
O Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que lhe possibilita fugir da submissão à natureza. A ação dos animais na natureza é biologicamente determinada, por mais sofisticadas que possam ser, por exemplo, a casa do joão-de-barro ou a organização de uma colméia, isso leva em conta apenas a sobrevivência da espécie.
O homem atua na natureza não somente em relação às necessidades de sobrevivência, (ou apenas de forma biologicamente determinada) mas se dá principalmente pela incorporação de experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a geração, através da educação e da cultura, isso permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu. Ao atuar o homem imprime sua marca na natureza, torna-a humanizada. E à medida que a domina e transforma, também amplia ou desenvolve suas próprias necessidades. Um dos melhores exemplos desta atuação são as cidades.
O conhecimento leva o homem a apropriar-se da realidade e, ao mesmo tempo a penetrar nela, essa posse confere-nos a grande vantagem de nos tornar mais aptos para a ação consciente. A ignorância tolhe as possibilidades de avanço para melhor, mantém-nos prisioneiros das circunstâncias.
O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade em caminho iluminada, de tal forma que nos permite agir com certeza, segurança e precisão, com menos riscos e menos perigos.
Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento.
Tem-se, então, os diferentes tipos de conhecimento:
- Conhecimento Empírico.
- Conhecimento Científico.
- Conhecimento Filosófico.
- Conhecimento Teológico.
Conhecimento Empírico
Popular ou vulgar é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer,
que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos, as informações
são assimiladas por tradição, experiências causais, ingênuas, é caracterizado
pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro nas deduções e prognósticos.
“é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver
procurado, sem aplicação de método e sem se haver refletido sobre algo”(Babini,
1957:21).O homem, ciente de suas ações e do seu contexto, apropria-se de
experiências próprias e alheias acumuladas no decorrer do tempo, obtendo
conclusões sobre a “ razão de ser das coisas”. É, portanto superficial,
sensitivo, subjetivo, Assis temático e acrítico.
Conhecimento Científico
O conhecimento científico vai além da visão empírica,
preocupa-se não só com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que
o motivaram, esta nova percepção do conhecimento se deu de forma lenta e
gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de
proposições rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo
de construção, onde não existe o pronto e o definitivo, “é uma busca constante
de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados”. Este conceito
ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes e
outros.No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e lógico que possibilita a formação de idéias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese, de maneira que as afirmações que não podem ser comprovadas são descartadas do âmbito da ciência. Este conhecimento é privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências.
Conhecimento Filosófico
É o conhecimento que se baseia no filosofar, na interrogação
como instrumento para decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, é uma
busca partindo do material para o universal, exige um método racional,
diferente do método experimental (científico), levando em conta os diferentes
objetos de estudo.Emergente da experiência, “suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão ser submetidos ao decisivo teste da observação”. O objeto de análise da filosofia são idéias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. Hoje, os filósofos, além das questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões: A maquina substituirá quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma prática aceita universalmente? O conhecimento tecnológico é um benefício para o homem? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria? Etc.
Conhecimento Teológico
Conhecimento adquirido a partir da aceitação da fé
teológica, é fruto da revelação da divindade, por meio de indivíduos inspirados
que apresentam respostas aos mistérios que permeiam a mente humana, “pode ser
dados da vida futura, da natureza e da existência do absoluto”.“A incumbência do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis.” Hoje diferentemente do passado histórico, a ciência não se permite ser subjugada a influências de doutrinas da fé: e quem está procurando rever seus dogmas e reformulá-los para não se opor a mentalidade científica do homem.
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