segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Poligamia: mais comum do que se pensa

O casamento plural está se tornando cada vez mais popular, especialmente em Paris, Londres e Nova York. Por Rose McDermott para o 'Wall Street Journal'

Um relatório de 2006 da Comissão Nacional dos Direitos Humanos informou que aproximadamente 180 mil pessoas viviam em agregados polígamos na França. Durante décadas, a França permitiu a entrada de imigrantes polígamos de cerca de 50 países onde a prática era legal. Quando o governo francês proibiu a poligamia em 1993, tentou facilitar a separação destes casais sempre que uma mulher queria o divórcio.
Na Grã-Bretanha, onde as leis de imigração proíbem a prática por mais tempo, parece haver cerca de mil casamentos polígamos válidos, principalmente entre os imigrantes que se casaram em outros lugares, como no Paquistão. Essas famílias estão autorizadas a recolher os benefícios da previdência social para cada mulher, embora o governo não saiba quantos casais estão aproveitando o benefício atualmente.
Nos Estados Unidos, onde os números não são divulgados, relatos indicam que existem comunidades de polígamos em Nova Iorque, particularmente entre  imigrantes da África Ocidental.
Nos países onde a prática ainda é comum na África, ela cruza as linhas religiosas, enquanto no Ocidente, a poligamia é mais comum entre  muçulmanos e seitas mórmons dissidentes. Sob a lei islâmica sharia, um homem pode casar com até quatro mulheres, desde que ele prove sua capacidade de sustentá-las.
No Brasil, a prática é proibida, mas existem vários casos escondidos, de homens com mais de uma mulher, as vezes várias famílias na clandestinidade, as mulheres chamadas de Amantes e os filhos de bastardos. Mas já estão surgindo casos de pessoas assumindo sua poligamia, e a tendência é que nos próximos anos aumentem esses casos, com a liberdade sexual e a falta de homens héteros.