sexta-feira, 10 de agosto de 2012



As Mulheres estão voltando pra casa.
As mulheres hoje estão avaliando sua felicidade sob muitos aspectos (trabalho, casamento, casa, filhos) em comparação a poucos fatores na década de 1970, é mais provável que elas sintam que estão fracassando em pelo menos alguns domínios”, escreveram Dwyer Gunn, editora do blogFreakonomics, doThe New York Times,e Betsey StevensoneJustin Wolfers,professores da Wharton School da Universidade da Pensilvânia.  
E acrescentaram: “Será o movimento feminista de alguma forma responsável pelo declínio no bem-estar relativo das mulheres? 
Talvez ir todo dia para o trabalho e a universidade esteja na realidade deixando que se sintam péssimas e cansadas ? 
Há indícios de uma leve tendência das mulheres a ficarem mais em casa, ocupando o lugar clássico que suas avós e mães cumpriram em passado recente. Apesar de trabalharem também fora de casa, voltam a ser esposas e mães, o que agora pode ser aprimorado com o teletrabalho, o trabalho feito à distância, à semelhança do ensino à distância.
São as mães, principalmente, que estão percebendo que estavam perdendo, não apenas os maridos – uma leve tendência a relações menos instáveis igualmente podem ser notadas –, mas também os filhos, para elas mesmas. Divórcios, separações e outros casamentos alteraram a velha estrutura familiar.  
Os que se descasaram, logo se casaram de novo, com outros parceiros. E a seguir se separaram outra vez, por motivos semelhantes aos anteriores. Sem que as causas fossem corrigidas, os efeitos voltaram a ocorrer.
Como se sabe, um dos efeitos dos divórcios é a demanda pelo dobro de quase tudo: carro, móveis, eletrodomésticos, imóveis. Afinal, quem casa, não apenas quer casa, como precisa de casa, própria ou alugada. E de tudo o que é necessário ter dentro dela para o dia a dia.
Algumas roupas do casal são partilhadas: lençóis, toalhas etc. Bibliotecas, discos, CDs, livros, sofás, camas etc. 
Estou escrevendo sobre as tendências e nem todos podem ser enquadrados nesse contexto, mas os indicadores de que caminhamos para o abismo deixam as famílias apreensivas.
Uma agressividade jamais vista tomou conta dos adolescentes. Nos casos extremos, estão agredindo e até matando pais, professores e colegas.
O filme Precisamos falar sobre Kevin, baseado em romance da escritora americana Lionel Shriver, trata de um massacre escolar, bem parecido com aqueles que já aconteceram também no Brasil. Sem amor, sem segurança, sem carinho, abandonados à própria (falta de) sorte, os adolescentes se desestruturam e cometem barbaridades.
Que bom que as mulheres estão voltando para casa e reassumindo um papel para o qual não foram encontradas substitutas à altura. Por norma, quem cuida melhor do que a mãe? Ninguém.Nem o pai.Nem os avós.

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